Mercado pet prevê menor taxa de crescimento desde 2019

As recentes estimativas do Instituto Pet Brasil indicam que, apesar do percentual de dois dígitos, o crescimento do mercado pet será o menor desde 2019.

Com base no desempenho do setor no primeiro semestre, a entidade projetou um faturamento de R$ 68,4 bilhões em 2023.

Apesar de um avanço de 13,6% em relação ao ano passado, a quantia marca um recuo diante das altas expressivas em 2020, 2021 e 2022.

A desaceleração é um alerta, conforme avalia Nelo Marraccini Neto, presidente do conselho consultivo do instituto, destacando as instabilidades econômicas. No último ano, já percebiam a necessidade de cautela.

Fonte: Instituto Pet Brasil

Desafios do mercado pet: Obstáculos de gastos baixos e cargas tributárias impactam o crescimento

Os gargalos que impactam o crescimento do mercado pet estão diretamente ligados ao custo-Brasil.

Apesar do terceiro maior faturamento mundial e posição semelhante em animais de estimação, o país ocupa apenas o nono lugar em gastos per capita.

A despesa em pet shops e clínicas veterinárias atinge somente US$ 34,24, conforme dados do Banco Mundial e Euromonitor, sendo metade da média italiana e quase seis vezes menor que nos Estados Unidos.

Fontes: Banco Mundial e Euromonitor

A carga tributária surge como um entrave significativo, sendo mais evidente no setor de pet food, responsável por 56% do faturamento do mercado pet, previsto em R$ 38 bilhões neste ano.

“Assim como a alimentação humana é essencial, o governo federal deve considerar o mesmo para o pet food. Atualmente, a tributação ultrapassa 50%, significando que a metade dos R$ 10 gastos pelo consumidor destina-se apenas aos impostos”, critica o dirigente. A tributação desse setor, aliás, assemelha-se à de bebidas alcóolicas.

Setores com maior potencial no mercado pet

A categoria de serviços veterinários se destaca como a de maior projeção de crescimento para 2023, registrando uma receita de R$ 6,4 bilhões e uma elevação de 17%.

Além disso, é notável o desempenho na venda de animais de estimação, prevista para movimentar R$ 6,9 bilhões, apresentando um aumento de 17%.

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